12 Certos no Preparo e Administração dos Medicamentos

Tempo de leitura: 6 minutos

Hoje vamos falar sobre certos para o preparo e administração dos medicamentos. As literaturas mais antigas traziam 5 certos, 9 certos e atualmente 12 certos. Isso mesmo atualizadíssimos 12 certos!

Antes de ler sobre esse assunto, o que acha de saber quais são direitos, deveres e proibições quanto ao preparo e administração de medicamentos? Clique aqui

Antes da checagem dos 12 certos é necessário realizar os seguintes passos:

  • Após o recebimento da prescrição médica, fazer a leitura e entender cada item que está escrito, se houver dúvidas, primeiro esclarecê-la! É uma das maiores dificuldades, pois é cada letra…que dá medo! Nunca ficar na dúvida.
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  •  Lavar as mãos e preparar a medicação, de acordo com a via de administração e o material necessário.
  • Normalmente são eles: bandeja ou carrinho de medicação; copo, macerador/cortador de comprimido, seringa, agulha, algodão, água, álcool 70% entre outros.
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  • Identificar as medicações com etiquetas (a famosa expressão “puxar medicação”) que deve ter: nome, quarto, leito, medicamento, dosagem, via e hora da administração. Em algumas instituições já vem essa etiqueta pronta da farmácia.

1º Certo – Paciente certo

É administrar o medicamento para o paciente certo. Aqui deve-se ter o maior cuidado com nomes comuns. Exemplo: Maria Aparecida da Silva. Quantas devem ter aí na sua cidade? Então você pode diferenciar pelo nome da mãe e/ou data de nascimento.

Confirme o nome do paciente. Se ele estiver consciente, confirme o nome com o próprio. Caso o paciente esteja inconsciente ou seja criança e idoso (alteração do nível de consciência) confirme com o acompanhante

Confira seu nome na pulseira de identificação ou no leito. Eu sempre pergunto e olho o nome na pulseira (melhor pecar por excesso, né?)

2º Certo – Prescrição certa

A prescrição foi realizada corretamente para o paciente certo. Em muitas ocasiões pode ocorrer de ser prescrito o medicamento para o  paciente errado.

Como assim? Em muitas ocasiões o médico passa a visita e posteriormente ele fará a prescrição, pode ocorrer erro nesse momento. Ou ainda, estar com a prescrição correta, mas direcionar para o paciente incorreto.

3º Certo – Medicamento certo

Utilizar o medicamento certo para a preparação e a administração.

Identifique o medicamento certo para o paciente, leia o rótulo 3 vezes: ao retirar do armário, ao prepará-lo, ao desprezar a embalagem ou ao guardá-lo.

Evite conversas e distrações desnecessárias.

Quando o medicamento for comprimido, sempre manter no blíster da cartela ou colocar no copo.

Os medicamentos líquidos, colocar em copo, nunca utilizar diretamente o frasco de gotejamento no paciente (pode-se errar a quantidade de gotas). Evite também molhar o rótulo do frasco.

Os medicamentos injetáveis utilizar sempre a técnica asséptica durante a preparação e administração.

4º Certo – Dose certa

É preparar e administrar á dose/quantidade certa. Veja se a dose corresponde com o paciente e com a via de administração.

Exemplo: Ocorre em muitas casos do médico solicitar uma medicação intramuscular com mais de 5 ml.

Lembre-se de checar se a musculatura do paciente está dentro dos padrões de normalidade.

Não esqueça que mais de 5 ml é necessário realizar a administração em duas seringas. Ou será que essa medicação não pode ser diluída em um soro?

5º Certo – Via certa

É administrar a medicação na via certa, ou seja no caminho correto. Aqui é um do certos que mais acontece erros, que infelizmente ocorre administrações incorretas. Casos que o paciente acabou em óbito…

Exemplo: medicação via oral para pacientes inconscientes ou que esteja apresentando episódios de vômitos.

Uma dica é sempre olhar no rótulo do frasco, ampola ou frasco-ampola. Todos indicam qual a via certa para a administração.

Exemplo: Benzetacil administração somente intramuscular, já a Aminofilina, somente endovenosa.

6º Certo – Apresentação do medicamento certo

É checar em qual apresentação do medicamento. Exemplo: Cápsula? Suspensão? Xarope? Qual é a melhor apresentação para administrar no paciente? Será que tem como administrar a forma certa na via disponível?

Tem uma outra forma de apresentação mais adequada para aquele paciente. Exemplo: Criança ou idoso com disfagia.

Se tiver a apresentação comprimido ou líquido, então optamos por líquido. Claro que antes de realizar a opção é necessário estar prescrito pelo médico.

7º Certo – Validade certa

É checar a validade do medicamento antes do seu preparo, no instante da leitura e checagem do rótulo.

Atualmente algumas instituições já mandam preparado e checado pela farmácia, mas ainda em algumas instituições a responsabilidade de checar a validade é da Equipe de Enfermagem.

8º Certo – Horário certo

Deve-se administrar o medicamento na hora certa, assegurando os níveis séricos do tratamento.

A hora certa, infelizmente em muitos plantões e por vários motivos não é administrado o medicamento no horário certo, contudo o horário deve ser respeitado para que o tratamento seja efetivo, principalmente antibióticos.

9º Certo – Ação certa

É a ação certa e esperada do medicamento. Verificar se o medicamento está agindo como o esperado.

Exemplo: administrou um antitérmico e o tempo de do início de ação é de 1 hora e após esse período ainda não apresentou melhora no quadro de hipertermia.

10º Certo – Efeito certo

É o efeito/resposta certa relacionada ao resultado desejado, a eficiência da ação do medicamento. Está apresentando possíveis efeitos colaterais.

11º Certo – Registro certo

É o registro certo realizado após o término da administração do medicamento. Deve-se descrever no prontuário do paciente se o medicamento foi ou não administrado.

12º Certo – Direito de recusa certo

É o direito de recusa do paciente de receber a medicação.

Na Carta do Direito dos Usuários do Serviço de Saúde, conta no artigo 3 o direito de recusa  de tratamentos e/ou procedimentos orientado, sendo assim, o paciente assume as devidas responsabilidades.

O paciente possui o direito a informação a respeito de diferentes possibilidades terapêuticas, de acordo com sua condição clínica, baseado nas evidências científicas, e a relação custo-benefício das alternativas de tratamento, com
direito à recusa, atestado na presença de testemunha.

Ele ainda tem  o direito à escolha de alternativa de tratamento, quando houver, e à consideração da recusa de tratamento proposto;

Se caso ocorrer, deve ser sempre respeitado, porém é de extrema importância que você explique para o paciente/acompanhante ou responsável qual é o medicamento e suas propriedades (para que serve, ação e efeito esperado) e a sua necessidade dentro do tratamento prescrito.

Nossa é tanta responsabilidade atuar na área da saúde, não é mesmo? Então fique atento e faça o melhor todos os dias!

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Sucesso!

Até o próximo post!

Dá um 360!

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